quarta-feira, 13 de outubro de 2010

OCEAN COUNTESS CANCELA ESCALA EM PORTIMÃO POR FALTA DE CONDIÇÕES

Frustração foi o sentimento que hoje morou no rosto e pensamento de muitos portimonenses e algarvios.

Com efeito aquilo que poderia ser uma excelente dia de movimento de turistas e por conseguinte um dia bom de negocio para muitos locais como Silves, Monchique, Sagres e Portimão, aonde os turistas quando chegam fazem algumas compras e por conseguinte injectam valor no comercio, serviços, etc, foi defraudado mais uma vez pela simples razão de que o porto de Portimão não teve capacidade para receber dois navios de cruzeiro em simultâneo, salvaguardando algumas excepções em que a perícia dos pilotos consegue fazer milagres.
OCEAN COUNTESS numa escala anterior em Portimão

Aconteceu hoje mais uma vez com o cancelamento da escala do paquete OCEAN COUNTESS operado pela companhia inglesa Cruise & Maritime Voyages e que transportava cerca de 800 passageiros, na sua maioría irlandeses em virtude da ondulação não permitir a operação de desembarque dos mesmos em segurança, atendendo que na sua maioría se tratavam de pessoas de alguma idade e que por conseguinte com alguma dificuldade de locomoção e, em virtude de ter atracado no porto o navio EMPRESS em mais uma escala dos seus cruzeiros denominados "Escapadas no Atlântico", e derivado á sua dimensão não permitir no actual cais mais nenhuma atracação.

Não tenhamos dúvidas de que este e outros cancelamentos que ás vezes acontecem pôem em causa o trabalho de divulgação que o município de Portimão tem vindo a fazer nos últimos anos e que se tem traduzido num crescente aumento no número de escalas, principalmente este ano e que já ultrapassa as 50, agendadas para 2011.

Já por diversas vezes temos escrito de que não podemos parar, as obras no porto e dragagem do rio Arade têm que ser feitas, seja quem for a entidade responsável pelas mesmas.

Portimão é o único porto do país aonde não existe uma administração portuária para gerir todos os processos relacionados com a gestão portuária do mesmo.
Em todos os outros portos ela existe e veja-se os resultados que começam a aparecer, caso de Leixões que está a construir o seu terminal de cruzeiros, de Lisboa cujas obras também já se iniciaram, do Funchal que já concluiu a sua gare e que neste momento procede á montagem de mangas de embarque e desembarque, de Ponta Delgada que já tem o seu terminal de cruzeiros e cujo retorno no aumento de escalas já se faz sentir e até na Horta aonde neste momento se procede á construção de um novo cais e terminal de cruzeiros.

Por tudo o que foi atrás exposto vimos mais uma vez alertar para a necessidade dos investimentos necessários, desde o aumento do cais de acostagem, da dragagem do rio Arade para uma quota mais funda, até á construção de um novo terminal de cruzeiros, necessário para acolher não só aqueles que nos visitam em cruzeiros turísticos mas igualmente para dar resposta ás ligações marítimas com a Madeira e Canárias que brevemente irão ter um maior incremento com a entrada de um novo ferry com maior capacidade que deverá entrar ao serviço já em 2011.

São investimentos importantes mas que têm o seu retorno garantido com as mais valias quer em taxas a cobrar pelas autoridades portuárias, quer pela prestação de serviços dos diversos agentes económicos da nossa região e principalmente da nossa cidade, ligados a esta área de actividade económica.

Por isso aqui deixamos mais uma vez o alerta a quem de direito para a concretização destes investimentos que precisam de ser feitos e rápidamente.
texto : António Silva


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